Simulois: Alunos de escola no DF simulam conferência internacional para debater problemas mundiais

A guerra das Coreias, o problema nuclear no Irã, a corrupção como obstáculo ao desenvolvimento e a constitucionalidade do Foro Privilegiado estão entre os temas abordados na edição 2018 do Simulois – Simulações do Colégio Galois, que acontece de 4 a 6 de outubro no Ensino Médio da instituição, na 601 Sul. A ação é uma conferência na qual os alunos representam países em diferentes comitês ou agências, abordando assuntos e problemas mundiais hipotéticos, a fim de desenvolver raciocínio, integração, postura e conhecimento sobre essas regiões. “Por meio do Simulois os estudantes desenvolvem habilidades como oratória e negociação. Ao tratar profundamente de assuntos factuais, muitos adolescentes acabam descobrindo suas vocações profissionais, já que se identificam, com alguns temas. Isso, aliás, permite que eles reflitam sobre o problema e procurem soluções que auxiliam na construção de uma sociedade melhor. Além disso, é uma maneira de vivenciar, de forma mais lúdica, alguns tópicos de vestibulares”, explica Mariana Ribeiro, coordenadora de projetos do Galois.

Nesta edição, o evento terá seis comitês. Os alunos do 6º e 7º vão representar o Conselho de Segurança das Nações Unidades (CSNU) para debater a situação do Iraque e o problema nuclear do Irã. Os estudantes do 8º e 9º ano discutirão a atual situação da Guerra das Coreias e também representarão a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados para falar sobre a corrupção como obstáculo ao desenvolvimento. Já os alunos do 1º, 2º e 3º ano irão representar o Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a Constitucionalidade do Foro Privilegiado; e também o comitê Jovem Executivo, para debater os desafios do empreendedorismo no Brasil. O comitê da Agência de Comunicação do Simulois 2018 ficará por conta dos estudantes do 8º e 9º ano do fundamental e 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, que terão a responsabilidade de realizar a cobertura de todo o evento.

Entre as novidades deste ano, dez alunos de escolas públicas do DF também participam do Simulois do Colégio Galois. Os estudantes selecionados são do Centro de Ensino EIT (Taguatinga), Centro de Ensino Médio 01 de Sobradinho, Centro de Ensino Asa Norte (CEAN), Centro de Ensino Médio Paulo Freire (Asa Norte), Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Asa Sul), Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Asa Sul) e Centro de Ensino Médio Setor Leste (Asa Sul). “A abertura deste intercâmbio faz parte do Projeto Social da nossa escola. Entendemos que é uma ação de suma importância, uma vez que proporciona novas experiências acadêmicas e culturais tanto aos nossos alunos, quanto aos estudantes convidados”, afirma a coordenadora.

O resultado de todo o trabalho será apresentado ao público no encerramento do Simulois, dia 6/10, das 18h30 às 21h30, quando a comunidade é convidada a participar de uma noite cultural com estandes e apresentações relacionados à cultura dos países abordados durante o evento.

Crianças de escola no DF aprendem sobre a importância do voto consciente

A importância do voto consciente deve ser discutida entre todos. Quanto mais cedo as pessoas entenderem seu valor para a democracia, mais chance de formar cidadãos que sabem usar seus direitos e deveres para a construção de um país melhor.

 

Em Brasília, o tema é levado a sério na escola Le Petit Galois. Na sala de aula, as crianças aprendem, de maneira lúdica e educativa, assuntos de gente grande, como o papel de cada representante do povo, Lei da Ficha Limpa, ditadura versus democracia e o voto como direito e conquista. “Eles são os eleitores do futuro, portanto, é fundamental que sejam preparados para serem cidadãos mais conscientes, críticos e assertivos nas escolhas de seus representantes”, afirma Rayane Marques, professora de história e geografia no Le Petit Galois.

 

A receptividade foi tanta, que o assunto virou um painel que será apresentado pelos próprios alunos durante a Mostra Cultural da escola, no dia 29 de setembro. “É um trabalho com muita participação entre as turmas. Especialmente agora, em véspera de eleição, eles mesmos trazem materiais de fora para serem debatidos em sala aula, com a opinião deles, e isso é muito valioso. E claro, temos o cuidado de não tomar partido de nenhum candidato, para que seja uma discussão limpa”, ressalta a professora.

 

Para aproximar ainda mais a eleição da realidade das crianças, houve até uma votação simulada na urna eletrônica, promovida pela equipe do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF). Os servidores do tribunal visitaram a escola e conversaram com os alunos sobre a história da eleição no Brasil, o papel dos três poderes, corrupção e a importância da participação de todos para o fortalecimento da democracia. Falaram também sobre os votos brancos e nulos, que, ao contrário do que muita gente acredita, não anulam a eleição porque não são contabilizados. “Ainda existe entre os eleitores brasileiros a falsa ideia que se 50% dos votos forem nulos e brancos a eleição é cancelada, mas isso não é verdade. De acordo com a Constituição de 1988, mesmo se existir 1% de votos válidos, esses serão contabilizados e determinarão o vencedor do pleito. Uma eleição só é anulada pela justiça eleitoral quando, por exemplo, tem fraude, coação, abuso do poder de autoridade em desfavor da liberdade do voto, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedados por lei”, explicou Ronaldo Franco, secretário da Escola Judiciária Eleitoral do TRE-DF.

 

A aluna Isabela Sampaio, 10 anos, teve a oportunidade de votar pela primeira vez e deu a dica para quem vai exercer a cidadania no dia 7 de outubro. “Quando você vota, está escolhendo aquele que melhor irá te representar no poder, portanto, pense direito. E na hora da votação, é muito fácil usar a urna eletrônica, mas faça com calma. A dica é digitar devagar, lembrando sempre de apertar a tecla verde confirmar no final”, explicou a estudante.